Atividade domiciliar de Biologia 3º ano A e B – 3ª semana
Nome ______________________ Turma_____________ Data____________
Assunto: Cap. 3 – Herança
e Sexo
·
Resumo
Hemofilia e Daltonismo: Herança ligada ao Sexo.
Resumo de Biologia Enem
Hemofilia e Daltonismo são características
genéticas tipicamente atribuídas ao sexo masculino. Porém, não é bem assim que
acontece. A frequência dessas características é maior no sexo masculino e não
exclusiva. Veja abaixo nesta revisão para o vestibular e o Enem.
Quer saber por que isto acontece nos processos de Herança Ligada ao
Sexo?
Então revise aqui sobre Genética e se prepare para arrasar nas questões
de biologia no Enem .
Determinação sexual
humana e a herança ligada ao sexo: – No ser humano a determinação do sexo se dá
por cromossomos especiais – os cromossomos sexuais.
Para que uma pessoa seja do sexo feminino, ela precisa ter
recebido um cromossomo sexual X de sua mãe e um cromossomo sexual X de seu pai.
Já os indivíduos do sexo masculino, precisam receber um cromossomo X de sua mãe
e um Y de seu pai para compor o seu par de cromossomos sexuais.
O par de cromossomos
sexuais masculino é o único caso entre os 23 pares de cromossomos em que os
cromossomos do par não possuem o mesmo tamanho e mesmo formato, uma vez que o
cromossomo Y é menor que o X.
Sendo assim, os
cromossomos X e Y possuem somente uma pequena parte homóloga que se pareia
durante a meiose, porém, a maior parte do cromossomo X não possui homologia em
relação ao Y. Acontece
que os genes presentes nestes cromossomos não são somente relacionados às
características sexuais, mas definem também outras características do corpo,
como a pigmentação da retina e a produção de proteínas relacionadas à
coagulação sanguínea.
Dessa maneira, chamamos os genes ligados à parte não homóloga do
cromossomo X de genes ligados ao sexo ou genes ligados ao cromossomo X e o
mecanismo de herança desses genes recebe o nome de herança
ligada ao sexo.
Mecanismo da
Herança ligada ao sexo:
Como disse anteriormente, o cromossomo X possui
partes não homólogas ao cromossomo Y. A principal implicação disso é que, no
sexo masculino, os genes presentes nessa região precisarão de apenas um alelo
para produzirem suas características, uma vez que não possuirão alelo
correspondente no mesmo lócus do cromossomo homólogo (pois não há homologia
total no par sexual masculino).
Dessa maneira, mesmo que o gene para determinada
característica seja recessivo, os homens apresentarão fenótipo para aquele
gene.
Nas
mulheres, o mesmo não ocorre. Você sabe que o sexo feminino possui dois
cromossomos X, por isso, todos os genes presentes nestes cromossomos possuirão
alelos no cromossomo homólogo, formando pares.
Assim, o mecanismo de herança envolvido para estes
genes nas mulheres será o mesmo mecanismo considerado para seus outros pares de
cromossomos autossomos.
Se a mulher possui apenas um alelo recessivo para
determinada característica genética, como o daltonismo, ela não apresentará o
fenótipo, uma vez que o outro alelo do par, dominante para esta característica,
condicionaria o fenótipo normal.
As mulheres, portanto, só apresentariam daltonismo,
por exemplo, se fossem homozigotas para esta característica, tendo recebido um
gene recessivo de cada genitor. Dessa maneira, as doenças genéticas
ligadas ao sexo apresentam maior frequência no sexo masculino, uma vez que
estes precisam de apenas uma dose do gene causador da anomalia para
apresentarem a característica.
Daltonismo:
A visão em cores depende de pigmentos (proteínas)
presentes em células especiais da retina (camada interna dos olhos) – os cones
– que possuem sensibilidade à luz. Existem, basicamente, três tipo desses
pigmentos: os que são ativados na presença de luz vermelha, os ativados pela
luz azul e os que são ativados pela luz verde.
Sendo assim, a percepção das diferentes tonalidades
de cores depende da quantidade de cones ativados com cada tipo de pigmento. A
dificuldade de perceber cores está relacionada à ausência ou baixa produção de
determinado tipo de pigmento.
O tipo mais comum de daltonismo está relacionado às
deficiências nos cones verdes, afetando a percepção de tons de vermelho e
amarelo. Esta anormalidade é produzida por um alelo recessivo presente no cromossomo
X, logo sua herança é produzida pelo mecanismo de herança ligada ao sexo.
Desta maneira, o alelo para o daltonismo é chamado
de Xd ou simplesmente d. Já o alelo que condiciona a visão normal, dominante, é
chamado de XD ou D.
Sabendo do mecanismo de herança ligada ao sexo,
vamos então pensar nos possíveis genótipos e fenótipos para daltonismo:
Agora, pense no
seguinte caso:
Um casal, sendo a mulher de visão normal e o homem
daltônico, têm dois filhos, ambos daltônicos. De qual dos genitores as crianças
receberam o gene para esta anomalia?
E aí, consegue responder? É fácil! Da mãe, é claro!
Não entendeu? Eu explico: Como os filhos são do sexo masculino,
obrigatoriamente eles receberam o cromossomo Y do pai e o X da mãe. Como o
alelo que condiciona o daltonismo é recessivo e ligado ao cromossomo X,
obrigatoriamente ele veio da mãe das crianças. Logo, a mãe é normal, mas
portadora do gene (XDXd).
Hemofilia:
A hemofilia é uma característica genética
caracterizada pela baixa capacidade de coagulação sanguínea. Sendo assim, as
pessoas hemofílicas têm sangramentos prolongados após um machucado e hemorragias
internas, tendo uma grande dificuldade de “estancar” sangramentos. Isto é
causado pela ausência ou baixa produção dos fatores de coagulação.
A coagulação do sangue é uma reação em cascata, em
que cada substância envolvida precisa ser ativada para que a próxima também
possa. Dessa maneira, a ausência de uma dessas substâncias interrompe o
processo, impedindo a coagulação. Existem três tipos de hemofilia: A, B e C,
sendo o tipo A o mais frequente (85% dos casos).
As hemofilias A e B (ausência dos fatores VIII e
XIX de coagulação, respectivamente) são condicionadas por alelos recessivos
ligados ao cromossomo X (Xh ou h), e possuem mecanismo de herança ligada ao
sexo. Já a C está ligada a genes autossômicos, tendo seu mecanismo de herança
de dominância completa.
Sendo assim, a herança das hemofilias A e B seguem
o mesmo padrão da herança do daltonismo. Sabendo disso, você já deve ter
concluído que os meninos hemofílicos recebem o alelo para esta característica
das mães, geralmente normais portadoras. Meninas hemofílicas são extremamente
raras.
Primeiramente porque a frequência do gene é baixa
na população (meninos hemofílicos ocorrem em uma proporção de cerca de 6:
10.000). Segundo por que o cruzamento para produzir uma mulher com esta
característica é extremamente raro de acontecer.
Para isso, seria necessário o cruzamento entre uma
mulher normal portadora do gene para hemofilia com homem hemofílico. Uma mulher
adulta hemofílica é extremamente rara, pois os ciclos biológicos femininos
envolvem sangramentos durante o período menstrual. Sabendo disso, veja agora os
possíveis fenótipos e genótipos para a hemofilia:
Outros tipos de
heranças relacionadas ao sexo:
Herança ligada ao Y ou restrita ao
sexo: Por ser muito pequeno, o cromossomo X possui apenas 78 genes.
Entre eles está o SRY, que condiciona a transformação das gônadas indefinidas
do embrião em testículos. Além desse gene, há outros também exclusivamente
masculinos, como o da hipertricose auricular, que condiciona grande quantidade
de pelos nas orelhas.
Como é condicionada por um gene ligado ao Y, essa
característica passará de pai para filho por este cromossomo, exclusivamente.
Veja a imagem a seguir de um indivíduo com esta característica:
Herança limitada
pelo sexo ou caráter influenciado pelo sexo:
O sexo de um indivíduo e os hormônios que cada um
produz pode influenciar no efeito de alguns genes autossômicos. Um exemplo
disto é a calvície hereditária dos seres humanos.
Essa característica é condicionada por um gene
autossômico recessivo que na presença de testosterona (hormônio masculino) se
expressa e age como gene dominante, produzindo seu fenótipo – a falta de
cabelos ou “careca”. Sem testosterona, o gene para a calvície é inibido e
comporta-se como recessivo, não produzindo seu fenótipo.
Sendo assim, para que uma mulher seja calva, ela
precisa ter recebido duas doses do gene recessivo para calvície, seguindo o
mecanismo de dominância completa.
Para resumir o
conteúdo, veja este vídeo super didático do professor Rubens Oda, do Canal
Descomplica:
Agora vamos exercitar!
Exercícios
de Determinação Sexual e Genética do Sexo
1.
(UNIFESP) Em uma população de mariposas, um
pesquisador encontrou indivíduos de asas pretas e indivíduos de asas cinza. Ele
cruzou machos pretos puros com fêmeas cinza puras. Obteve machos e fêmeas
pretas em F1. Cruzou os descendentes F1 entre si e obteve, em F2, 100% de
machos pretos, 50% de fêmeas pretas e 50% de fêmeas cinza. Em cruzamentos de
machos cinza puros com fêmeas pretas puras, ele obteve, em F1, machos pretos e
fêmeas cinza. Cruzando estes F1 entre si, obteve machos e fêmeas pretos e cinza
na mesma proporção.
Aponte, a partir dos
resultados obtidos, qual o padrão de herança de cor das asas e qual o sexo
heterogamético nessas mariposas.
a)
Autossômica, a cor preta é recessiva e a fêmea é o sexo heterogamético.
b)
Autossômica, a cor preta é recessiva e o macho é o sexo heterogamético.
c)
Restrita ao sexo, a cor cinza é recessiva e o macho é o sexo
heterogamético.
d)
Ligada ao sexo, a cor preta é dominante e o macho é o sexo
heterogamético.
e)
Ligada ao sexo, a cor preta é dominante e a fêmea é o sexo
heterogamético.
2. (UFBA)
Em gatos, a determinação da cor do pêlo é um caso de herança ligada ao
cromossomo X. Assim, o pêlo malhado, que é a manifestação de um genótipo
heterozigoto em ausência de dominância, só é encontrado normalmente nas fêmeas
. O aparecimento excepcional de machos malhados é explicado a partir da
seguinte constituição sexual cromossômica:
a)
XY
b)
XX
c)
XXY
d)
XYY
e)
XXX
3.
(FUVEST-SP) Um gene recessivo localizado no
cromossomo X é transmitido pelas mulheres heterozigotas a:
a)
Metade de suas crianças
b)
Apenas suas crianças de sexo masculino
c)
Apenas suas crianças de sexo feminino
d)
1/4 de suas crianças
e)
Todas as suas crianças
4. (PUC-SP)
O cruzamento de uma drosófila de olho vermelho, heterozigota, com um macho de
olho branco, sabendo-se que esse caráter obedece ao mecanismo da herança ligada
ao sexo, deve dar:
a)
Todos os descendentes machos de olho
vermelho, porque eles não recebem o cromossomo X do pai.
b)
Descendentes machos de olho vermelho e olho
branco, porque 50% deles recebem o cromossomo X do pai, que tem olho branco, e
50% o X da mãe, que tem olho vermelho.
c)
Todos os descendentes femininos de olho
branco, porque as fêmeas recebem o cromossomo X do pai, que tem olho branco.
d)
50% dos descendentes femininos de olhos
vermelhos e 50% de olhos brancos, porque a fêmea é heterozigota e o macho é
portador do gene recessivo.
e)
Tanto machos quanto fêmeas 50% de olhos
vermelhos e 50% de olhos brancos, porque se trata do cruzamento de um heterozigoto
com um birrecessivo.
5. (PUC)
Uma criança do sexo masculino, que acaba de nascer, tem como pai um indivíduo
que apresenta hemofilia e é normal com relação ao daltonismo. Sua mãe é
portadora do gen para o daltonismo, mas não para o gen da hemofilia. Quanto a
essa criança, podemos afirmar que:
a)
Tem 50% de chance de ser daltônica.
b)
Tem 50% de chance de ser hemofílica.
c)
Tem 25% de chance de ser hemofílica.
d)
Tem 75% de chance de ser daltônica.
e)
Não tem chance de ser daltônica.
6.
(UFSCar) Um funcionário trabalhou vários anos
em uma indústria química. Durante esse período, teve dois filhos: um menino que
apresenta uma grave doença causada por um gene situado no cromossomo X e uma
menina que não apresenta a doença. O funcionário quis processar a indústria por
responsabilidades na doença de seu filho, mas o médico da empresa afirmou que a
acusação não era pertinente.
a) Por que o médico
afirmou que a acusação não era pertinente?
b) O alelo causador
da doença é dominante ou recessivo? Justifique.
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