As feiras de ciências como eventos escolares no Brasil tiveram início na década de 1960 e ao longo do tempo foram ganhando espaço e forma, tornando-se uma prática de ensino difundida em muitas escolas e se consolidaram como espaços diferenciados de ensino-aprendizagem que promovem a interdisciplinaridade, a contextualização e a divulgação científica (Mancuso; Filho, 2006; Farias; Gonçalves, 2007; Silva; Almeida; Lima, 2018).
A realização de feiras de ciências constitui uma prática pedagógica eficiente para despertar a curiosidade e interesse dos alunos, bem como para incentivar a pesquisa (Rodrigues et al., 2019). Dessa forma, as feiras de ciências representam importante espaço de aprendizagem que contribui para o desenvolvimento das mais diversas habilidades e competências pelos estudantes (Weber, 2016), além de promoverem a aproximação entre a comunidade e a escola por meio da divulgação científica e da socialização do saber acadêmico (Araújo, 2015).
Considerando-se a importância das feiras de ciências como estratégia de ensino e suas contribuições na alfabetização científica dos estudantes, este artigo tem por objetivo relatar as experiências vividas por dois professores de Química com a realização de uma feira de ciências em duas instituições de ensino. Com este relato de experiência pretende-se promover uma reflexão acerca das contribuições das feiras de ciências na educação e alfabetização científica de estudantes da educação básica, bem como da importância desses eventos escolares na contextualização e aplicação dos conteúdos teóricos desenvolvidos em sala de aula.
Equipe Sistemas do corpo humano 9º ano
Equipe Biomas 8º ano
Pensar nas feiras de ciências como uma estratégia que contribui para a alfabetização científica do aluno, o despertar de seu interesse em aprender e o reconhecimento de seu papel ativo na sociedade, é que nos fez refletir sobre a relevância deste tipo de atividade para o processo de ensino-aprendizagem. As experiências vivenciadas permitiram concluir que, as feiras de ciências, mais do que eventos escolares, constituem-se momentos riquíssimos que possibilitam o protagonismo dos alunos no processo de construção do conhecimento.
Com base nas experiências vivenciadas pudemos perceber que independente da esfera em que o professor atue – pública ou privada –, ele deve sempre buscar estratégias que possibilitem o protagonismo dos alunos. Nesse sentido, as feiras de ciências se mostraram fundamentais para que os alunos se tornassem mais participativos, questionadores, passando a se informar mais sobre a Química em suas vidas, o que consideramos um grande legado, já que essa Ciência contribui não apenas para uma visão mais crítica do mundo, mas também para a resolução de muitos problemas que são tão atuais em nossa sociedade.
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