segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Uso pedagógico do giz

Em minha pesquisas na Internet, agora para buscar tudo sobre a utilização da Lousa Digital, que é o novo projeto da Secretaria de Educação/Informática Educacional, encontrei um blog muito bom.

Leia um trecho da postagem, mas seria muito, mas muito interessante ler a reportagem completa. Entre no link abaixo, para ler: http://professordigital.wordpress.com/2009/09/28/uso-pedagogico-do-giz-do-giz/

[...]

Todo professor sabe, ou deveria saber, o conteúdo da disciplina que leciona. Mas o professor não é apenas uma “coletânea de informações” sobre sua especialidade, ele é muito mais que isso, ele é um “organizador e um gerenciador de informações”. Ele não detém apenas a informação, ele detém também as relações entre as informações, os conceitos, competências e habilidades que deseja ver desenvolvidos nos seus alunos. É para isso que serve, essencialmente, o giz, a lousa e o caderno do aluno: para que o professor possa organizar informações de forma didática e com uma seqüencialidade, uma estética e uma logística relacional que permitam ao aluno compreender as relações entre as muitas informações que ele pode acessar por uma infinidade de outros meios.

Embora a frase acima pareça um pouco “sofisticada”, o que ela quer dizer é que o giz serve para fazer esquemas didáticos, anotações, organogramas, tabelas, mapas conceituais, infográficos, fluxogramas, ilustrações, etc., que tornem mais claras as relações entre as muitas informações que os materiais didáticos e o professor trazem para os alunos. A lousa é o espaço natural de “esquematização e representação” do professor e o giz é o meio de “impressão simbólica” de conceitos e relações, nada além disso.


Uma aula de português na EE Paulina Rosa
Se o professor dispõe de um notebook e um datashow, ou uma lousa digital, e preparou uma aula usando uma ferramenta como o CmapTools para criar um mapa conceitual explicando as relações entre folhas, caule e raízes de uma planta, resumiu informações em uma apresntação de slides, fez uma busca no YouTube e encontrou lá um pequeno vídeo ou animação mostrando os caminhos de circulação entre os nutrientes da planta, então ele poderá simplesmente projetar seu mapa conceitual, explicá-lo, ajudar os alunos a compreender essas relações e depois ilustrar isso dinamicamente projetando seus slides e o vídeo. Talvez até lhe sobre tempo para levar uma pequena planta para a sala de aula e então mostrar, ao vivo e a cores, essas diferentes estruturas em um microscópio ou com uma lupa.

Mas se ele não tem nada disso à sua disposição, então terá que ser capaz de desenhar na lousa um esboço de planta, indicar essas relações, usar setas e gizes de diferentes cores para diferenciar seiva bruta de seiva elaborada, “desenhar os seus slides”, etc. Ele também precisará de um mapa conceitual e de ilustrações, só que terá que desenhá-los ele mesmo na lousa. Depois poderá usar sua teatralidade e a imaginação dos alunos para lhes fazer entender como isso se processa dentro de uma planta de verdade. É óbvio que isso é possível e foi assim mesmo que muitos de nós aprendemos sobre esse assunto quando estávamos na escola.

A única diferença é que substituindo o giz e a lousa por um notebook e um datashow, ou uma lousa digital, as coisas ficam mais fáceis, mais rápidas, mais belas, mais claras, mais simples de serem construídas e entendidas e permitem ao professor um tempo maior para ele fazer aquilo que lhe caracteriza como profissional da educação: ajudar o aluno a compreender melhor e despertar-lhe ainda mais o interesse pela aprendizagem, e não meramente atuar como um “copiador de textos na lousa”; o professor é alguém cujo conhecimento vai além do texto didático e dos materiais de apoio, é alguém que pode levar o aluno um passo adiante de onde o aluno pode chegar sozinho.

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