quarta-feira, 28 de junho de 2017

Compartilhando expériência ...

Há alguns anos estou professora Diretora de turma e em nenhum deles me vi tão necessitada de trabalhar um tema tão necessário quanto sobre a  família.
Analisando as conversas e os comportamentos dos meus educandos percebi que estamos cada dia mais nos  distanciando daquele modelo de família que tínhamos na infância e que cada um traz agora um modelo proprio que nem sempre é o adequado ou que nem tem um modelo.

Trabalhar o tema foi muito relevante e pude perceber quão carentes eles são principalmente de afeto familiar.
Aquele carinho, aquela conversa, o almoço na mesa, a brincadeira antes de dormir, o momento de oração juntos, muitos não tem maios e alguns nunca tiveram. 

Perguntei-me onde vamos parar com tudo isso?

Se existe algo ou alguém em que podemos depositar toda nossa confiança, é na nossa família. Ela nos mostra o que é certo, indica os melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional. Uma família em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a formação de novas famílias.
É também no ambiente familiar que conhecemos nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais. Aprendemos a perceber o mundo, damos início a nossa identidade e somos introduzidos no processo de socialização.  Por isso, é tão comum que nos comportemos como quem nos criou, como nossos pais e avós, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes.

Não podemos esquecer que cada um tem um papel fundamental dentro de casa, onde existem direitos e deveres, e todos devem cumprir com suas obrigações. Aí entra o respeito mútuo, a consideração pelos mais velhos, as tarefas domésticas, os deveres diários. Há situações em que toda responsabilidade do dia a dia e os serviços de casa ficam por conta da mãe, os filhos culpam os pais por não poderem presenteá-los com aquilo que desejam ou os irmãos vivem se desentendendo. Nestes casos, a família permanece em desarmonia, sobrecarregando apenas um integrante, tornando instável a união do lar e a estrutura familiar.

Certas situações podem causar grandes frustações em uma vida. Muitos definem a família como sendo a “base de tudo”, uma expressão bastante utilizada para caracterizar o laço familiar que vai além do sangue, sendo também emocional e espiritual. Mas esta base pode se desintegrar, desgastando e se tornando prejudicial. Então, é preciso preservá-la sempre.

O psicanalista Evilázio Vieira ressalta que:
"Um bom relacionamento familiar é a principal arma de combate às drogas
e aos problemas emocionais que acometem os adolescentes e os jovens".
Ele explica que, a partir da adolescência, o indivíduo procura o ambiente fora de casa e os amigos para buscar aprovação e se identificar, e depois volta para o lar. Quando a família tem uma base sólida e oferece amor e atenção, ele não sente necessidade de buscar uma fuga da realidade nas ruas, ao lado dos amigos; ele usa o ambiente externo de forma saudável. Mas, quando sua vida é instável no âmbito familiar, ele busca suprir na rua aquilo que lhe falta dentro de casa; neste caso, é onde tem início a dependência química, a rebeldia e o comportamento violento.
Portanto, a família é algo único e insubstituível, extremamente necessário para a formação do ser humano. Sua ausência gera graves consequências. Pais e filhos precisam se manter unidos, dialogando diariamente. É preciso cuidá-la com carinho, dedicação e fé, para que sua estrutura se mantenha forte e  seus indivíduos não caiam no mundo dos vícios e das futilidades.



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