quarta-feira, 23 de abril de 2014

Resenha - Filme: Uma Verdade Inconveniente (2006, EUA)



O filme “Uma Verdade Inconveniente” (An Inconvenient Truth), do realizador Davis Guggenheim, traz argumentos convincentes de que o aquecimento global não é mais uma questão política, mas sim o maior desafio global, no que diz respeito ao meio ambiente.
Protagonizado por Al Gore, antigo Vice-presidente dos Estados Unidos, o filme, lançado em 2006, traz um alerta para a humanidade, sobre as nossas responsabilidades com as mudanças climáticas.  Trata-se de um documentário ambientalista e político, em que as imagens mostram as atuais alterações que o Planeta está passando.
Depois de ter perdido a eleição presidencial do ano 2000, Al Gore retirou-se para sua fazenda no Estado do Tennessee para repensar a vida. Foi ali, olhando o rio que corre ao longo de sua fazenda, que decidiu assumir definitivamente a sua condição de ambientalista. Iniciou sua longa viagem para o conhecimento, principalmente, em auditórios universitários, como anos antes já o tinha feito no Congresso dos EUA, quando era senador na década de 70, convencendo seus pares sobre o perigo do aumento do buraco da Camada de Ozônio, que culminou, felizmente, na assinatura do Protocolo de Montreal.

Utilizando da melhor tecnologia da Apple, com a combinação de humor, desenhos animados e tabelas com dados científicos, Gore fala da sua vida para Guggenheim e para o público, simultaneamente, revelando as etapas de sua vida pessoal.
No que diz respeito às dúvidas sobre a realidade do aquecimento global, Gore confirma, através de vários estudos científicos, que é real e trata-se de uma ameaça para a vida no planeta. Em relação se as políticas ambientais afetam ou não a economia dos países, ele mostra que políticas públicas baseadas em um planejamento ambiental estimulam a economias dos países. E diz também que o aquecimento global não é um ciclo natural do Planeta, mas sim resultado das atividades humanas na indústria.
Gore, sempre chama a atenção dos políticos e Estados para insistir que "a solução para a crise climática global exige uma ação rápida, sábia e grande de nossa parte", e que "se destruirmos o Planeta não haverá economia que sobreviva". Comenta bastante sobre o alto consumo nos países mais industrializados, sempre interessados em apenas produzir, sem estar se preocupando com os danos que tanta produção pode causar ao meio ambiente.
Pode-se considerar o filme como um grande alerta para a população mundial de que o planeta está sofrendo diversas consequências causadas pelos próprios moradores, que contribuem de forma direta ou indireta. Por mais que comente sobre o desinteresse por grande parte dos políticos sobre esta questão, o filme deixa um questionamento de “Como mudar esta realidade?”, mostrando que se faz necessário uma motivação e iniciativas de grandes nações, em sua maioria, maiores causadoras do aquecimento global.
A verdade é que a realidade do aquecimento existe e isso está na frente de todos. Muitos países vêm sofrendo constantes tempestades, ondas de calor, frio, terremotos, ondas gigantes, escassez de água, de alimento. E mesmo com tantas evidências, grande parte do mundo ainda prefere fechar os olhos para tudo que está acontecendo, para todo o caos que o nosso planeta enfrenta.
O ideal seria que todos tomassem consciência das causas e consequências do aquecimento global, e esse foi um dos objetivos do filme “Uma Verdade Inconveniente”, através do antigo Vice-presidente dos Estados Unidos, Al gore que, utilizando de sua influência na política, tomou a iniciativa de mostrar ao mundo os danos que suas atividades provocam e, como isso só tente a piorar com o passar dos anos, numa velocidade muito maior do que já vem acontecendo. 

Referências Bibliográficas:

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